quarta-feira, 16 de março de 2011

Músicos de Apoio: King Curtis

Iniciamos uma série contando um pouco sobre a biografia de músicos de apoio que, em muitos caos não compartilharam o spotlight das grandes lendas da música mas que marcaram seu nome na história. Vamos começar com o grande saxofonista King Curtis.

Curtis Ousley nasceu no dia 7 de fevereiro de 1934 em Fort Worth, Texas. Começou a aprender a tocar sax quando tinha 12 anos. Sempre preferiu sax tenor, alto e soprano e ainda estudante de música, recusou bolsas de estudo para se juntar à banda do bluesman Lionel Hampton, onde começou a a prender a compor e fazer arranjos. Suas principais influências eram  Lester Young, Louis Jordan, Illinois Jacquet, Earl Bostic e Gene Ammons. Mudou-se para Nova York e depois do tempo tocando com Hampton, começou a formar seus próprios grupos de Jazz e Rhythm & Blues.

Na década de 50, com a explosão do Rock and Roll, começou a oferecer seus préstimos como músico de sessão e apoio em concertos. Trabalhou com The Coasters em 1958, deixando sua marca no clássico do grupo Yakety Yak, onde fez o solo de sax. Com Clyde McPhatter (ex-Drifters) mostrou novamente seu talento como solista instrumental em Lover's Question. Na mesma época, foi contratado por Buddy Holly para algumas sessões e teve seu nome creditado na composição Reminiscing, que só foi lançada três anos após a morte de Holly. Trabalhou ainda com Andy Williams, Nat Adderly e Wynton Kelly.

Também como intérprete solo, King Curtis deixou sua marca. Em 1962, seu single Soul Twist alcançou o topo das paradas de R & B dos EUA. Nessa década trabalhou com grandes nomes do Soul e do Rock como The Shirelles (tocou sax em Boys), Wilson Pickett, Don Covay, Solomon Burke, Bobby Darin e muitos outros. Em 1965, começou a trabalhar na gravadora Atlantic Records, onde gravou dois singles bem sucedidos, Ode To Billy Joe e Memphis Soul Stew. Formou a banda The Kingpins que fez a abertura do memorável show dos Beatles no Shea Stadium. A banda converteu-se em grupo de apoio da cantora Aretha Franklin, de quem Curtis era um grande amigo além de diretor musical.

Em 1970, foi laureado com o Grammy pela performance instrumental em Games People Play, cover do cantor Joe South (em parceria com Duanne Allman), participou de um dos melhores discos de Aretha Franklin naquela década: Aretha Live at Fillmore West, onde trabalhou com uma formação incrementada dos Kingpins que contava com Billy Preston (teclados), Jerry Jemmott (baixo), Cornell Dupree (guitarra), Pancho Morales (percussão, Bernard "Pretty" Purdie (bateria) e os metais acachapantes do grupo The Memphis Horns. Tendo trabalhado com The Band e Allman Brothers, Curtis ficou muito amigo daquelas bandas. Nesse mesmo ano, ele trabalhou nas sessões do álbum Imagine de John Lennon e participou das faixas It's So Hard e I Don't Wanna Be a Soldier Mama I Don't Wanna Die. Também compôs e tocou na música tema do programa Soul Train com o grupo The Rimshots.

No dia 13 de agosto de 1971, Curtis voltava para seu apartamento com o aparelho de ar condicionado que havia comprado e foi abordado por dois viciados que tentaram rendê-lo anunciando um assalto. O músico reagiu e levou uma facada no peito. Ainda consegiu render um dos atacantes mas teve um colapso e foi levado ao hospital, onde morreu horas depois. No seu funeral, os amigos Aretha, Cissy Houston, Duane Allman e Stevie Wonder prestaram a ele uma linda homenagem. Sua morte foi tão sentida que Aretha Franklin ficou anos sem se apresentar, chocada com a perda violenta do grande amigo. Apesar do trabalho como músico de sessão, ele deixou uma vasta discografia como artista solo.

King Curtis foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 2000.

Fontes:
Wikipedia (em inglês)
http://rockhall.com/inductees/king-curtis/bio/

King Curtis
King Curtis, um dos melhores saxofonistas do
Rock and Roll, Jazz e Rhythm & Blues
Crédito da foto: http://rockhall.com/inductees/king-curtis/bio/

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