terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Rainha Vive!

Não, não estou falando da Rainha Elizabeth II da Inglaterra que no alto de seus 84 anos, continua sendo a grande monarca do Reino Unido. God Save The Queen!
Estou falando de outra rainha, uma das bandas mais queridas da história do Rock and Roll: QUEEN, banda que teve seus primórdios no final dos anos 60 quando o guitarrista e estudante de Física e Matemática Brian May e o baterista e estudante de Biologia Roger Taylor, ambos do Imperial College se uniram ao baixista/vocalista Tim Staffell para formar a banda Smile. May e Staffell já haviam tocado antes numa banda chamada 1984. Apesar de ter gravado algum material pelo selo Mercury, a banda Smile teve curta duração (1968-1970) pois Tim Staffell deixaria os companheiros para formar outra banda. Nesse ínterim, o Smile tinha chamado o tanzaniano Farouk [também chamado FreddieBulsara, amigo de Staffell para fazer as vezes de tecladista e vocalista na banda. Num dado momento, Brian pensou em deixar a música em favor dos estudos mas Freddie o persuadiu a continuar em outra banda, tendo o colega Roger Taylor do Smile fazendo parte do trabalho. Farouk Bulsara se tranformava em Freddie Mercury e ele sugeriu o nome Queen por ter um significado poderoso mas bem simples de se pronunciar em qualquer língua [muita gente hoje em dia pensa que o nome seria uma gíria para homossexual em inglês, mas a intenção da banda não era essa]. O Queen contou com alguns baixistas que acabaram não se firmando. Isso até 1971 quando John Deacon se firmou como o titular das quatro cordas.
O Queen era uma das poucas bandas novatas que tocavam/interpretavam seu própio material. Isso os levou à gravação do primeiro álbum Queen (1973) que é considerado um dos melhores discos de estréia de um artista/banda. Keep Yourself Alive e Seven Seas of Rhye (versão instrumental) são alguns dos destaques.
No segundo álbum (Queen II, 1974), a banda investiu num estilo mais operístico que seria o supra sumo das futuras apresentações do Queen. Aqui, além dos clássicos queenianos White Queen (As it Began) e The March of Black Queen, há a versão mais conhecida de Seven Seas of Rhye. No mesmo ano, a banda gravou seu terceiro álbum Sheer Heart Atack  com as pérolas Killer Queen e Now I'm Here.
No ano seguinte, veio aquele que é considerado o álbum dos álbuns do Queen, A Night at The Opera [o título faz menção a um filme dos Irmãos Marx]. Esse álbum traz o grande clássico Bohemian Rhapsody, a síntese definitiva entre Rock e Opera. Pensa que é só isso? Ainda tem Love of My Life, outro grande clássico rockeiro e You're My Best Friend, preferida por 11 entre 10 fãs do Queen. O álbum é magistralemente fecahdo com a versão queeniana do hino da Inglaterra: God Save The Queen. Nesse momento, o Queen se consolida como uma das melhores bandas do mundo e seus videoclips são os mais incensados pelo público.
Em 1976, vem o álbum The Day at the Races. E tome clássicos do Queen na moleira: Tie Your Mother Down, Somebody To Love - que teve como inspiração a introdução de Jesus Joy of Man's Desiring de Bach [opinião do Editor] e Good Old-Fashioned Lover Boy.
Por falar em clássicos, o quinto álbum do Queen, News of the World (1977) traz nada mais nada menos que We Are The Champions, o hino dos vencedores, além de We Will Rock, para rockeiro nenhum ficar parado e Spread Your Wings (haja coração nessas horas!).
O sexto álbum, Jazz (1978) é um dos que fazem os queenmaníacos torcerem o nariz, apesar de figurarem alguns clássicos como Bycicle Race, Don't Stop me Now e Fat Bottomed Girls.
The Game (1980) foi o primeiro álbum do Queen a alcançar os primeiros lugares nas paradas americanas e tome clássicos: Play The Game, Save Me, Another One Bites the Dust (influenciada pela batida genial do baixista do grupo Chic, Bernard Edwards no clássico Good Times) e Crazy Little Thing Called com sua levada bem Rockabilly. Nesse mesmo ano, a banda gravou a trilha sonora do filme Flash Gordon que tem a deliciosa Flash's Theme de Brian May.
Em 1981, o Queen fez sua primeira turnê em terras brasileiras num show inesquecível num Morumbi lotado.
Em 1982, o Queen gravou o mais execrado dos álbuns da banda [na opinião dos fãs do Queen], Hot Space. Apesar dos pesares, ali tem a parceria do Queen com o cantor David Bowie em Under Pressure (com um dos mais conhecidos riffs de baixo da história, "chupado" anos mais tarde pelo rapper Vanilla Ice na deplorável Ice Ice Baby); Cool Cat, uma incursão do Queen numa vertente do Soul chamada no Brasil de Charm e que fez um grande sucesso em bailes black brasileiros da década de 80; Las Palabras de Amor, com a banda cantando trechos em espanhol e Life Is Real (Lennon's Song) uma singela homenagem a John Lennon que sido assassinado uns dois anos antes. Por falar em homenagem ao eterno Beatle, o Queen costumava tocar sua versão de Imagine (pode ser encontrada em bootlegs da banda).
Depois da ausência do bom e velho Rock and Roll no álbum anterior, o Queen voltava com força total em The Works (1984), mas sem deixar de lado a levada funky soul. Nesse álbum estão Radio Ga Ga, I Want to Break Free, cujo videoclip mostrava a banda caracterizada como mulheres (!!!) e Hammer to Fall. A turnê do disco trouxe o Queen pela segunda vez ao Brasil, onde eles participaram do primeiro Rock in Rio (1985). Eles acabaram roubando a cena, num dos mais memoráveis shows internacionais que o Brasil já viu. Nesse mesmo ano, a banda participou do Live Aid.´Paralelo ao álbum, Freddie gravou seu primeiro trabalho solo, Mr. Bad Guy (1984) com o hit I Was Born to Love You e um dueto com Michael Jackson em There Must Be More To Life Than This.
Em 1986, a banda gravou Kind of Magic, baseado  na trilha sonora do filme Highlander, o Guerreiro Imortal, estrelado por Christopher Lambert. São desse álbum:  A Kind of Magic, One Vision, Friends Will be Friends e Who Wants to Live Forever. Esse álbum foi massacrado pela crítica, mas sua turnê foi uma das mais rentosas da história da banda. No dia 9 de agosto de 1986, a banda fez seu derradeiro show no Knebworth. No ano seguinte, o Queen tira férias e Freddie grava seu segundo trabalho solo, The Great Pretender, com sua versão para o clássico homônimo do The Platters. Este álbum só seri lançado em 1992.
Em 1988, Freddie gravou o álbum solo Barcelona com a soprano lírica Montserrat Cabalet, onde cantam, entre outras coisas, a canção-título e How Can I Go On, que fez um enorme sucesso, sobretudo no Brasil.
Em 1989, o Queen voltou ao estúduio para gravar o álbum The Miracle, que contava com a faixa-título, I Want It All e Breakthru. Foi nessa época que Freddie descobriu que era portador do vírus da AIDS. Ao invés de se abater, o cantor agarrou-se com afinco ao trabalho do Queen e eles gravarm o álbum Innuendo (1991), o último da banda com material inédito. Contém Innuendo, The Show Must Go On (seria uma prévia do que estava por acontecer com Freddie?) e These Are the Day of Our Lives.  verdade era que Freddie cada vez mais estava definhando por causa de sua doença até sucumbir em novembro daquele ano. A morte de Freddie trouxe o fim àquela banda formada duas décadas antes e criou uma nova lenda que vai ser contada de geração em geração.
Um ano depois da morte de Freddie, vários artistas se reuniram no evento Freddie Mercury Tribute Concert. Elton John, Extreme, David Bowie, Robert Plant e outros interagiram com os membros do Queen nesse inesquecível tributo.
Em 1995, os remanescentes do Queen se reuniu uma vez mais em estúdio para finalizar o material deixado por Freddie que acabou ficando fora de Innuendo. dsete trabalho resultou Made In Heaven. Depois disso, cada um deles mergulhou em seus trabalhos individuais e vez ou outra têm se reunido para um revival do Queen, tendo contado com George Michael e Paul Rodgers como frontmen em ocasiões distintas. Em todos esses eventos, a banda fez questão de frisar que nunca houve uma tentativa de reativar o Queeen. "Freddie era o coração da banda", teriam dito Brian, Roger e John.

A biografia acima foi só uma pincelada sobre a trajetória do Queen. Caso queiram saber mais e ir a fundo na história da banda, pode visitar: http://www.queenonline.com/home

Nenhum comentário:

Postar um comentário